A terra cor de vinho : furna, a onça castanha, Num corpo de batalha - o mundo, o ouro do sol - Há sangue nas raízes, há ossos que branquejam No sol da terra sangra o sol deste outro sol. E ainda esturra aqui a onça da paz, escuma, Mestiça magistral - a onça, a gateada. Um de seus olhos dorme, o outro, aceso, encandeia. Vigiando o sol, as pedras, as árvores sagradas. E Deus escreve certo suas áureas linhas tortas: Nesta terra, que é Dele, o Diabo perde as botas. - "Viva o sangue de Deus, limpando a luz do mal !" - Grita o clarim dos cantos, à luz deste mural. (Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE, organizada por Juareiz Correya) ____________________________________________ AGENDA CULTURAL (Dezembro 2013) - Página 63 - Seção "Literatura" - Prefeitura do Recife / Secretaria de Cultura Fundação de Cultura Cidade do Recife Acesse : http://www.recife.pe.gov.br/agendacultural / http://www.agendaculturaldorecife.blogspot.com.br
POESIA VIVA DAS CIDADES A poesia contemporânea das capitais brasileiras