A terra cor de vinho : furna, a onça castanha,
Num corpo de batalha - o mundo, o ouro do sol -
Há sangue nas raízes, há ossos que branquejam
No sol da terra sangra o sol deste outro sol.
E ainda esturra aqui a onça da paz, escuma,
Mestiça magistral - a onça, a gateada.
Um de seus olhos dorme, o outro, aceso, encandeia.
Vigiando o sol, as pedras, as árvores sagradas.
E Deus escreve certo suas áureas linhas tortas:
Nesta terra, que é Dele, o Diabo perde as botas.
- "Viva o sangue de Deus, limpando a luz do mal !" -
Grita o clarim dos cantos, à luz deste mural.
(Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE,
organizada por Juareiz Correya)
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AGENDA CULTURAL (Dezembro 2013)
- Página 63 - Seção "Literatura" -
Prefeitura do Recife / Secretaria de Cultura
Fundação de Cultura Cidade do Recife
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