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Mostrando postagens de 2019

"GRANANCIOSIDADE SÃO PAULO", poema visual de Léa Tereza Lopes

SONHO  MEDO  BELEZA  FOME   RUAS SAMPA  NEON  PRESSA  TÉDIO   INVEJA  ARTE  TRABALHO  LUXURIA  (Página do livro SE CATAR,  de Léa Tereza Lopes - Alexa Cultural,  Embu das Artes, SP, 2016)  ___________________________________________________________  LÉA TEREZA LOPES - Tem  64 anos. Mãe, avó, poetisa, artesã.  Pernambucana do Recife. Diplomada pela Alliance Française  em língua e letras. Leitora desde a infância,  tem fome leonina por livros.  Atuou ativamente no movimento poético do Recife, nos anos 70  do século passado, com a literatura "marginal", pela intenção  de democratizar a  poesia, emancipando os livros da tutela das editoras. Publicou 2 livros de poesia no Recife, participou de exposições  de arte em São Paulo e no Embu das Artes,  onde vive há mais de 20 anos.  Trabalha com  reciclagem e restauração de roupas e livros (papéis e panos). 

"GOIÂNIA", DE GILBERTO MENDONÇA TELES

MONUMENTO ÀS TRÊS RAÇAS  ou  MONUMENTO À GOIÁNIA - GOIÁS   (www.curtamais.com.br)  1. Enquanto a capital era Goiás o Estado inteiro se perdia  no descampado de seu próprio nome.  Por trás da Serra Dourada,  o tempo cochilava na beira do rio   e o sol morria além.   De vez em quando alguém espiava  por cima da serra :  os horizontes se abriam nas distâncias do planalto,  o mundo perdia-se de vista  e o sol nascia além.    3.  De guaiá vem Goiás e, repetida,   a raiz de Goiânia que, por ora,  mantém a tradição que teve outrora  de "região de gente parecida".  De tudo parecido, pois agora  descubro o mesmo gosto na comida  (de pamonha e pequi) e na demora  da fala que me dá prazer à vida.     Hoje em Goiânia  mais e mais se expande  e já tem tudo de cidade grande,  só não perdeu o que me faz tão bem:  o gesto provinciano do Anhanguera  mostrando ao índio que ficou de espera  o sol antigo

POESIA VIVA DO RECIFE : "PONTE EM HAICAI", de Cloves Marques

Ponte da Boa Vista, Recife, - PE  (Foto : André Agostinho)  Na ponte vazia,  vai seguindo a solidão  de noite e de dia.    ................................................      Sombra pelo chão.  Na calçada, espera os pés   dos que vêm e vão.    ..........................................................   Ramalhete à ponte,  foram tantas travessias,  Que não há quem conte.    (Transcrito do ebook inédito POESIA VIVA DO RECIFE,  organizado por Juareiz Correya)  __________________________________________ CLOVES MARQUES nasceu em Delmiro Gouveia (AL) no ano de 1944.  Poeta, cronista  e engenheiro.  Reside no Recife  desde 1966 e faz parte da Academia de Letras e Artes  do Nordeste Brasileiro.  Publicou estes livros de poesia :  Pra não morrer de amor (1990), É eterno, mas  é preciso (1992), Haicai ao Recife (2002), Máscara  em Haicai (2005).  Participa da antologia Pernambuco,  Terra da Poesia (

RUA DA AURORA, de Sinay Pessoa

Rua da Aurora, Boa Vista - Recife,   no Século 20 (Imagem do Museu da Cidade do Recife)  Quantas formigas, gente ?  Quantos grandes vermes.   Deles,  eu seria o mais somente   um bacurau assistente.  Enquanto as pessoas dormiam  no melhor sono solene   os gabirus faziam amor   festivamente.     Vasto rio em delírios   chorando pela tangente   estradas, prédios, parques   escolas, fábricas,  carros, lamas, lixos   política outrora destrói  a formosa Rua da Aurora.    _______________________________ Transcrito  do ebook  AS HORAS  (poemas & canções),  de Sinay Pessoa,  a ser lançado neste ano  pela Panamerica Nordestal Editora