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Mostrando postagens de 2018

POESIA VIVA DE NATAL : "A Igreja do Rosário", de Luís Carlos Guimarães

IGREJA DO ROSÁRIO   (Cidade Alta, Natal, RN)  Quem a vê à distância  (de certo recanto natal),  não a concebe terrestre,  no mesmo plano das casas.     Pois construída na altura,  a velha igreja do Rosário  é nave ancorada no ar  - arquitetura de anjos     debruçada sobre o rio.    (Transcrito da antologia  POESIA VIVA DE NATAL,  organizada por Manoel Onofre Jr.)   ________________________________________________________ LUIZ CARLOS GUIMARÃES nasceu em Currais  Novos (RN), no ano de 1934.  Ainda jovem se mudou para Natal. Juiz de Direito e professor da UFRN, já aposentado, se dedicou  exclusivamente  às atividades literárias.  Publicou estes livros de poesia : O Aprendiz e a Canção (1961),   As Cores do Dia (1965), Ponto de  Fuga (1979), O Sal da Palavra   (1983), Pauta de Passarinho (1992), A Lua no Espelho (1993)  e O Fruto Maduro (1996).   .............................................................

POESIA VIVA DO RECIFE: "ABISMOS", de Marcelo Mário de Melo

Recife - Ponte Duarte Coelho (Boa Vista).  Escultura do poeta popular Capiba  R ecife, povo e poesia  E ntre deleite e batalha   C arnaval rios e pontes          I nfância fome e mortalha     F ibras de dor e alegria         E  vidas tecendo a malha.      Em palácios e casebres        Fervem luxo e sobrevida       Íntimos e amalgamados       Como o vírus e a ferida       E a poesia luz e sombra       Reflete o palco da vida.  (Transcrito do livro  OS COLARES E AS CONTAS,  de Marcelo Mário de Melo  - Recife, PE, 2012)  ____________________________________________________ MARCELO MÁRIO DE MELO nasceu em Caruaru  (PE), no ano de 1944. É jornalista, poeta, contista  e autor de textos de humor. Vive no Recife desde o ano  em que  ingressou na base  do PCB aos 17 anos de idade. Participou da fundação do PCBR em 1967-68,  entrou na clandestinidade e foi preso político  em Pernambuco (1971 a 1979).    Publicou o

POESIA VIVA DE PORTO ALEGRE : "Porto Alegre, roteiro da paixão", de Luiz de Miranda

PORTO ALEGRE,  ROTEIRO DA PAIXÃO (capa da 2a. edição) -  Luiz de Miranda  (Porto Alegre, RS, 2007)  I  Porto Alegre Porto Alegre   alegria  pra nós que precisamos   nós que somos mais tristes   que alegres  e vivemos esse tempo                                  essa morte  esse pássaro de febre  II  A paixão mora  dentro do coração  alucinado  Vamos, cidade, vamos   mais rápida   que a sombra do ar   vamos num pé de vento  mais secreto que o pensamento   Vamos, cidade, vamos  à aurora de todas as idades  como se não existisse o tempo  dormindo no fundo das coisas   Vamos, cidade, vamos  me leva em teus barcos de rio  às corrente de além mar   onde eu possa morrer de amar   Vamos, cidade, vamos  a paixão é fome   nas nuvens da alma   a paixão rouba do amor  o seu silêncio  mas dá ao amor  o seu sustento Vamos encontrar  a luz enlouquecida dos cometas  vamos às

POESIA VIVA DE SÃO PAULO : "São Paulo - Ontem / Hoje", de Caio Porfírio Carneiro

"São Paulo dos Viadutos..."  (Fotografia de Cecília Bastos /  USP Imagens)  São Paulo dos meus amores...  - De onde o chamado lírico ?  Pauliceia desvairada...  - De onde a perplexidade ?  São Paulo dos viadutos...  De onde a quase canção ?  Debruçado ao parapeito  O formigueiro no chão  Olhos na perfilada flores  De prédios parados silentes  Eu me perco em devaneios  O pombo pinça farelos  Na palma da minha mão Eu me vejo no passado  Longe os dias perdidos   Na São Paulo pulsante   Enregelada de frio  Agasalhados de garoa  E esta São Paulo ante meus olhos   E o pombo que não vem  E os farelos dispersos  E os prédios enegrecidos  No sarcófago da fuligem  Do passado e do presente  Da São Paulo tiritante   A São Paulo sufocante   Bailam-me no tempo e no espaço  Interrogações tão presentes :  São Paulo dos meus amores  - De onde o chamado lírico ?  Paulicéia desvairada...  - De onde a perplexi

POESIA VIVA DO RECIFE : "ARRECIFES", de Tereza Tenório

Tereza Tenório, advogada e poetisa  recifense de projeção internacional. Sob as chamas do sol nascente  o espelho das águas reflete                                                                                   os signos das estações  A correnteza sorve o lodo das marés   baronesas   e líquidos corpos de mães-d´água  enlaçados aos pescadores de pérolas  enquanto peixes e medusas navegam até alto mar  com o ardor dos amores contrariados Cargueiros das Ilhas Gregas desembarcam  hígidos marinheiros que se apaixonam pela Cidade  e morrem de comer as amuradas das pontes  até que                                                     à Hora do crepúsculo  acendem os edifícios                                              da zona comercial  os palacetes                                           das áreas nobres  os mocambos                                    da periferia   Há cintilações de ouro e pátina   no casario secular do Ca

POESIA VIVA DO RECIFE : "Holografia de uma cidade" (fragmento), de Mariana Arraes

Praça da República  - Santo Antonio, Recife, PE  (Foto : Google Images)  (...) As estrelas nas raízes dos baobás Na Jaqueira   Na Praça da República  No Arruda, na Beira Rio  Pulsam esta redenção  Que me ensinam a cada dia  Amigos como Telma   Cujo coração me reconcilia  Com memórias doloridas Sim,  Esta cidade que se tece a cada manhã Já não é mais imutável  Engessada em respeitáveis tradições   Ou encravadas misérias  Nos passarinhos  Nos corações dos transeuntes  Que se buscam numa cidade   Que interroga e desafia os seus destinos.    (Da antologia inédita POESIA VIVA DO RECIFE,  organizada por Juareiz Correya)  ____________________________________________________ MARIANA ARRAES  -  Recifense, nascida em setembro de 1963.  Formada em Comunicação Social.  Leciona Francês e é  terapeuta holística.  Filha do ex-governador Miguel Arraes de  Alencar, pertence a uma família de escritores e artistas.  

"POESIA VIVA DO RECIFE" NA AGENDA CULTURAL : Poemas de Maria de Lourdes Hortas, Márcia Maracajá, Jorge Lopes, Danielle Romani e Flávio Chaves

Poemas da antologia POESIA VIVA DO RECIFE, divulgados mensalmente em página especial da  "Agenda Cultural do Recife" (Prefeitura do Recife / Secretaria de Cultura / Fundação de Cultura Cidade do Recife),  impressa há várias anos e que circula atualmente em edição digital.  A antologia reúne mais de 200 poetas pernambucanos que vivem, amam e eternizam a cidade e estão sendo divulgados na "Agenda" , desde novembro de 2011, por iniciativa do editor Manoel Constantino.   Ainda neste ano de 2018 a antologia POESIA VIVA DO RECIFE, já lançada em primeira edição, impressa, pela Companhia Editora de Pernambuco - CEPE (Recife, 1996), será lançada em edição digital na Panamerica Livraria (www.panamericalivraria.com.br), revista e ampliada, para permanecer homenageando esta cidade que é a capital do lirismo brasileiro.    (Juareiz Correya)