Rua da Aurora, Boa Vista - Recife,
no Século 20
(Imagem do Museu da Cidade do Recife)
Quantas formigas, gente ?
Quantos grandes vermes.
Deles,
eu seria o mais somente
um bacurau assistente.
Enquanto as pessoas dormiam
no melhor sono solene
os gabirus faziam amor
festivamente.
Vasto rio em delírios
chorando pela tangente
estradas, prédios, parques
escolas, fábricas,
carros, lamas, lixos
política outrora destrói
a formosa Rua da Aurora.
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Transcrito do ebook
AS HORAS (poemas & canções),
de Sinay Pessoa,
a ser lançado neste ano
pela Panamerica Nordestal Editora
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