"São Paulo dos Viadutos..." (Fotografia de Cecília Bastos / USP Imagens) São Paulo dos meus amores... - De onde o chamado lírico ? Pauliceia desvairada... - De onde a perplexidade ? São Paulo dos viadutos... De onde a quase canção ? Debruçado ao parapeito O formigueiro no chão Olhos na perfilada flores De prédios parados silentes Eu me perco em devaneios O pombo pinça farelos Na palma da minha mão Eu me vejo no passado Longe os dias perdidos Na São Paulo pulsante Enregelada de frio Agasalhados de garoa E esta São Paulo ante meus olhos E o pombo que não vem E os farelos dispersos E os prédios enegrecidos No sarcófago da fuligem Do passado e do presente Da São Paulo tiritante A São Paulo sufocante Bailam-me no tempo e no espaço Interrogações tão presentes : São Paulo dos meus amores - De onde o chamado lírico ? Paulicéia desvairada... - De onde a perplexi
POESIA VIVA DAS CIDADES A poesia contemporânea das capitais brasileiras