Arrastado de outros portos aqui aprendi a ser água. Recife é a cidade que transborda não se quedou soterrada. Reparte-se em rios transporta sua multiplicidade. Transpira inquieta em canais demarcados. Exige pontes a aproximá-la. Descobre outras artérias a comportá-la. Invade aberturas secretas. Há que se diluir para abraçar o seu corpo de peixes, navios, coragem Naufragar para renascer noutra vida de afogados. Sua lei seu destino é derramar-se. (Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE, organizada por Juareiz Correya) ______________________________________________________ MARCÍLIO MEDEIROS - Recifense. Na década de 1980 editou os jornais alternativos Vaga-Lume e Prólogo. Conquistou prêmios de poesia em Pernambuco. Poesia publicada : Anjo Clandestino , A Pulsação Repleta. Publica, na Internet, os blogs literários "Liras, Musas & Aedos" (http://marciliomedeiros.blogs
POESIA VIVA DAS CIDADES A poesia contemporânea das capitais brasileiras