que aqui se chamam ruas e vi um mendigo velho que lavava os cabelos num charco de água suja. a noite calorosa suspensa nos meus ombros esmagou os meus ossos, e esse charco sobre o cimento me lembrou o companheiro que lutou contra isso e agora está morto. saí a caminhar pelas "calles" que se chamam ruas e voltei comovido com o coração oprimido e os bolsos sem luas. (Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE, organizada por Juareiz Correya) ______________________________________________________________ HÉCTOR PELLIZZI - Nasceu em Junín, região metropolitana de Buenos Aires, Argentina. Poeta, contista, dramaturgo, jornalista, editor. Radicado no Recife, em 1980, militou no Movimento dos Escritores Independentes de Pernambuco - MEIPE. Publicou, entre outros, estes livros de poesia : Por Camiños de Pajáros, Pequenos Poemas Bilingues, Con las ventanas abiertas, América Indignada. Incluído na antologia Marginal Recife - Colet
POESIA VIVA DAS CIDADES A poesia contemporânea das capitais brasileiras