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Mostrando postagens de agosto, 2013

CANÇÃO DO RECIFE PARA SEMPRE, de Antonio Botelho

Haverá sempre um Recife no meu peito. Um Recife que tem o cheiro da saudade De uma mãe invisível que permanece Me esperando na janela. Haverá sempre um Recife no meu peito. Um Recife que tem a cor da lembrança Dos sapatos de um pai que está sempre A retornar de uma viagem imaginária. Haverá sempre um Recife no meu peito. Recife que é fera que salta no meu sonho. Recife que revela a fera que pretendo Mas que jamais serei. Haverá ontem, hoje e sempre Um Recife que me apunhala Me acorrenta e me liberta Em suas pontes que me atravessam E me levam A todo e a nenhum lugar.   (Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE,  organizada por Juareiz Correya)  _______________________________________ T ranscrito da AGENDA CULTURAL  - Número 216 /  Agosto 2013 -  Prefeitura do Recife / Secretaria de Cultura /  Fundação de Cultura Cidade do Recife  Seção "Literatura" :  Poesia Viva do Recife  (http://www.recife.pe.gov.br/agendacultural) 

POESIA VIVA DE NATAL : "UMA CIDADE VESTIDA DE SOL", de Racine Santos

Sendo a cidade Natal uma filha do Nordeste pega o sol toda manhã e com ele então se veste. Natal se veste de sol roupa de rica fazenda não se rasga nem se suja e tampouco se remenda. O sol cai sobre Natal como roupa bem talhada (de linho ou de algodão) que a traz iluminada. Como uma roupa de festa, um vestido de noivado, ou como um terno branco todo engomado. Como uma roupa de gala eu bem diria, mesmo que seja usada no dia a dia. Roupa de puro sol que larga se faz na praia onde parece um lençol : branco lençol de cambraia. Assim vestida de sol a cidade de Natal lembra mulher em repouso terna e sensual. De dezembro a fevereiro quando mais forte o calor a cidade então se veste com mais apuro e rigor. Nesse tempo de verão explode a cidade em luz : por todo canto se vê os estilhaços cajus. Mesmo vestida de sol (como pedra no sertão) ainda mais se agasalha quando se faz o verão. No verão ela se veste de sol com tanta alegria que se mai