Haverá sempre um Recife no meu peito. Um Recife que tem o cheiro da saudade De uma mãe invisível que permanece Me esperando na janela. Haverá sempre um Recife no meu peito. Um Recife que tem a cor da lembrança Dos sapatos de um pai que está sempre A retornar de uma viagem imaginária. Haverá sempre um Recife no meu peito. Recife que é fera que salta no meu sonho. Recife que revela a fera que pretendo Mas que jamais serei. Haverá ontem, hoje e sempre Um Recife que me apunhala Me acorrenta e me liberta Em suas pontes que me atravessam E me levam A todo e a nenhum lugar. (Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE, organizada por Juareiz Correya) _______________________________________ T ranscrito da AGENDA CULTURAL - Número 216 / Agosto 2013 - Prefeitura do Recife / Secretaria de Cultura / Fundação de Cultura Cidade do Recife Seção "Literatura" : Poesia Viva do Recife (http://www.recife.pe.gov.br/agendacultural)
POESIA VIVA DAS CIDADES A poesia contemporânea das capitais brasileiras